A deputada Lohanna (PV) solicitou, nesta quarta-feira (17/09), um pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para investigar as denúncias de fraudes em processos de licenciamento ambiental para mineração, reveladas pela Operação Rejeito da Polícia Federal.
A operação prendeu um ex-deputado e empresários ligados a um conglomerado de mais de 40 empresas suspeitas de corrupção, tráfico de influência, fraude documental e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, o grupo teria movimentado R$ 1,5 bilhão ilegalmente, explorando minério de ferro em áreas protegidas e pagando propina a servidores públicos de órgãos ambientais.
Para a deputada Lohanna, a gravidade do caso exige transparência e atuação firme do Legislativo mineiro. “Aquilo que a gente falou lá na Reforma administrativa em 2023 estava correto. Nós falamos sobre como as mudanças subordinam o poder de fiscalização do Estado ao poder político. E hoje de manhã o que vimos, uma operação da Polícia Federal, atuando nessa organização que estava entranhada dentro do Estado”.
A parlamentar apontou que na operação “o juiz deixou claro que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente estava funcionando como uma operadora do interesse econômico para destruir o meio ambiente, fraudando e vendendo licenças ambientais ”.
O pedido de CPI busca aprofundar as investigações no âmbito estadual, identificar falhas no sistema de licenciamento e propor medidas que impeçam a repetição de práticas criminosas semelhantes. “Estamos diante de um escândalo que envolve destruição ambiental, corrupção e o uso da máquina pública para enriquecer poucos às custas do povo mineiro. O Parlamento não pode se omitir. Precisamos de uma CPI para dar respostas à sociedade, garantir a responsabilização dos culpados e fortalecer os órgãos de fiscalização ambiental”, afirmou a parlamentar.
Lohanna também destacou que, justamente em meio a esse escândalo, os servidores da área ambiental estão em greve em Minas Gerais. Segundo a parlamentar, a paralisação é resultado da falta de diálogo do governo estadual, que enfraquece os órgãos de fiscalização e abre espaço para irregularidades ainda mais graves.
Fonte: Assessoria Deputada Lohanna França
Rádio Sol feita prá você
www.solradio.com.br